segunda-feira, junho 26, 2006

O Porto revisitado

Isto é mau feitio, confesso: eu e o Porto, o Porto e eu. Há algo que não joga, há algo que não liga. Não tenho nada contra e muito a favor, mas ainda assim persiste um anticorpo mais forte do que a força da própria razão que me parece traçar o Mondego como uma qualquer linha de fronteira para lá da qual não devo passar. E porque não? Porque não sei. E quando não se conhece a causa, mais difícil se torna alcançar a cura, a sanidade, sei lá. Mas sei, no entanto, que já por diversas vezes a transpus e não me dei mal. Mas aquela linha imaginária, qual divisão do Tratado de Tordesilhas, mantém-se bem viva no meu mapa mental como área naturalmente a não "consumir". E contra a natural incorrigibilidade que acabo por cultivar, nem os factos são, por vezes, suficientes. E não me importo.
O que me importei mesmo foi de não ter ido ao S. João no Porto. Ainda não foi desta. Estava tudo apalavrado, e pelas palavras se ficou. É caso para dizer que quando um acordo se fica só pelas palavras, é porque não vale sequer a tinta das assinaturas. Provavelmente, foi melhor assim. Estava tão dividido como então o mundo em Tordesilhas. Essa divisão não durou muito e o meu tratado mental não terá certamente melhor e diferente futuro.

NOTA: Cidade envolta em controvérsias que quase sempre lhe são alheias, não fosse o seu maior ícone mediático ser quem é. À parte destes carnavais e futebóis, dois blogues (e respectivos links) sobre o Porto a merecer uma saltada:

http://outra-face.blogspot.com/
http://cidadesurpreendente.blogspot.com/